A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. (Charles Chaplin)

domingo, 28 de junho de 2009

Você não deveria poder fazer isso. É injusto e cruel! Como pôde ser covarde a esse ponto? Como pôde ser mesquinho dessa maneira? Você foi me roubando os espaços entre os abraços, me deixando apenas uma fresta. Um pequeno rompimento por onde hoje, sozinha, tento respirar. Eu que sempre fui forte, livre, grandiosa. Até onde posso renunciar a mim mesma pra te resgatar? Até onde posso me perder dentro do que você me ofereceu, me deu e me tomou, me roubou... Me deixou? Quem sou agora que me deixei ser uma parte de você e que você fosse grande parte do que eu era até que não quisesse ser mais parte alguma de mim e eu não fosse nada? Quem eu sou depois que o sentido das coisas ao meu redor se perdeu na vontade de te ter outra vez? Os tons de cinza deixam meus olhos ofuscados depois da claridade tácita do seu sorriso. Me fez te amar, me fez me perder em ti. E agora? Quem sou eu sem minha melhor parte, sem meu melhor pedaço, sem você? O que sou eu? O que faço agora? Agora que você levou tudo que eu tinha, todas as minhas alegrias em viver? O que eu faço agora depois que me apaixonei? A culpa é toda sua. Você não deveria ter dito todas as coisas que foram ditas a mim, você não deveria escrever versos meus. Não deveria ter me dado esperanças se depois tinha a intenção de tirá-las. O que eu faço com o amor que devoto a você? O que eu faço com os sonhos e os planos, com os "sim" que foram ditos? O que eu faço com as noites mal dormidas e com as lágrimas derramadas? O que fazer com as fotos que me lembram nós dois e os desejos deixados pra depois? Agora não adianta voltar. Tentar consertar o que foi deixado pra trás... Não adianta! Se todo o tempo eu te amei, o que você fez com o tempo em que dizia me amar? Será que minhas certezas foram baseadas em suas dúvidas? Será que minhas verdades são reflexos sinistros das suas mentiras? Quem somos? O que fomos? Tudo o que temos... Vivemos? Será que as coisas que sonhei foram inspiradas em fantasias apenas? Eu estou indiferente! Indiferente aos rumos que minha vida tomará. Sorrir, ser legal, chorar, viver? Pra que? Não há tanto sentido em isso tudo, há? Eu sou uma pergunta. Pensei que você fosse minha resposta, mas você é apenas outra incógnita!

Fim.

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