A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. (Charles Chaplin)

domingo, 19 de julho de 2009

Grêmio vence Gre-Nal dos 100 anos de virada e encerra jejum

Colorado sai na frente com Nilmar, mas Tricolor mostra poder de reação e vence com Souza e Maxi López
Revanche, reviravolta, vingança. Fim de jejum, encerramento de seca, volta por cima. Seja qual for o termo, o Gre-Nal 377 está eternizado na história do futebol gaúcho com o azul, o preto e o branco do Grêmio. O clássico que marcou os 100 anos de existência da maior rivalidade do Brasil teve vitória tricolor por 2 a 1, de virada. O Inter não perdia para seu maior adversário há sete Gre-Nais, desde 2007.
Foi um jogaço, como mereciam os dois gigantes de Porto Alegre em um jogo que celebrizou o passado deles. O Inter saiu na frente
com Nilmar. Souza empatou. No segundo tempo, Maxi López virou.
Com a vitória, o Grêmio entrou de vez na luta pelas primeiras colocações. O time de Paulo Autuori pulou para sexta, com 18 pontos. O Inter, estacionado nos 23, caiu para terceiro. Os eternos rivais do Rio Grande do Sul voltam a campo na próxima quarta-feira. O Grêmio visita o Avaí às 19h30m. O Inter recebe o São Paulo às 21h50m.
Falha e redenção para Souza no primeiro tempo: 1 a 1
Regra básica do futebol: não se falha, sob hipótese alguma, diante de um jogador como Nilmar. Mas Souza falhou. Eram 24 minutos de um primeiro tempo bonito, movimentado, com alternativas de lado a lado. O Inter escapuliu no contra-ataque com Andrezinho. O meia viu Nilmar pela direita e logo acionou o atacante. Souza chegou antes, se enroscou com o atacante colorado e foi ao chão. Pediu falta. O lance seguiu, e Nilmar, craque que é, colocou a bola no ângulo de Victor. Belo gol.
Outra regra básica do futebol: não se faz falta na beirada da área, sob hipótese alguma, quando do outro lado está um cobrador como Souza. Mas Guiñazu fez. Aos 35 minutos, o meia gremista bateu com qualidade, no canto direito de Lauro, que voou em vão na bola. Golaço. E 1 a 1 no Olímpico.
Com erros e acertos, falhas e virtudes, Grêmio e Inter fizeram um primeiro tempo do jeito que um dos maiores clássicos do planeta merece. O Tricolor foi a campo com Mário Fernandes (o melhor em campo, ceerto) como lateral-direito. O Colorado optou por um 4-4-2 um pouco mais avançado, com Andrezinho ora ajudando na marcação, ora fazendo o que mais sabe: articular.
Os primeiros minutos foram de controle de bola do Inter e chances do Grêmio. Enquanto o Colorado passeava por volta da área azul, o Tricolor arriscava chutes na direção do gol vermelho. Fábio Santos e Souza, duas vezes cada, não chegaram a apavorar o goleiro Lauro, mas deixaram a zaga adversária alerta.
A primeira chance do Inter foi aos 14 minutos. Andrezinho bateu escanteio e Sorondo, um gigante na etapa inicial, acertou cabeceio certeiro. Victor, nenhuma novidade, fez defesaça. O lance fez com o que o Colorado se tornasse mais efetivo. Nilmar, aos 15, foi abafado pela zaga em chute que poderia render gol. D’Alessandro, aos 20, mandou cruzado, mas para fora.
E aí saiu o gol vermelho. E depois o gol azul. Entre a festa de um lado e a euforia de outro, o jogo ficou estudado. O Inter percebeu que Tcheco e Souza tentavam girar pelo meio para se livrar da marcação. O Grêmio notou que a força de Sorondo e a inteligência de Sandro eram um problema. Se Herrera esteve discreto de um lado, Taison pouco apareceu do outro. Não poderia ser mais equilibrado.
Segundo tempo

O Grêmio voltou mais arisco no segundo tempo. O time se adiantou em campo. Souza cresceu na partida. Mário Fernandes apareceu bem pela direita. Em contrapartida, Tcheco exagerou nos erros de passes e chegou a incomodar a torcida.
Réver, com dois minutos, quase colocou o Grêmio na frente. Foi em escanteio batido por Tcheco. O zagueirão subiu muito alto, livre, mirou a bola e mandou o cabeceio. O Olímpico chegou a criar aquele rugido de gol. Mas a bola, teimosa, preferiu sair. Por pouco, muito pouco...
Aos poucos, o Inter conseguiu deixar a partida parelha novamente. Com D’Alessandro e Andrezinho, fez o possível para acionar Nilmar, mas sem muito sucesso. O argentino, com 13 minutos, mandou chute na rede, mas por fora.
Quando o Tricolor parecia perder um pouco do ímpeto de antes, a emoção no Olímpico foi maximizada por um argentino cabeludo, número 16 às costas, daqueles que comem grama por uma bola se for preciso. Em cruzamento da direita, após bate-rebate na área, o lance teve desfecho nos pés de Maxi López. Ele mandou para o fundo do gol de Lauro. O Olímpico explodiu, como se comemorasse 100 anos de rivalidade em um único gol. O Grêmio estava na frente.
E quase aumentou a vantagem. Como o Inter se atirou de qualquer jeito para o ataque, o terceiro gol ficou iminente. Aos 32 minutos, Maxi acionou Herrera, que bateu cruzado, rasteiro, na trave de Lauro.
O Inter não conseguiu reagir. O Grêmio teve estabilidade para suportar a ambição do rival. Marcando forte e até atacando, o Tricolor ficou com a vitória para festejar os 100 anos do Gre-Nal com o fim de um jejum que vinha maltratando sua torcida há dois anos.
Fonte: globoesporte.com

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